Essa nossa paisagem vem referenciada como “caracterizada por Grandes Relevos - Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico (Açores) - A natureza exclusivamente basáltica das lavas do Pico originou um conjunto de formas e estruturas vulcânicas que inclui desde a montanha de 2351 metros (o terceiro maior vulcão do Atlântico) e cerca de 350 cones de escórias basálticas.”
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Lava na costa de Santa Luzia - Rilheira de carro de bois |
Em 2008, escrevi sob o título: Vulcões e lavas – Atracção turístico inexplorada?
Ora então, apenas copiava a ideia que me havia ficado, da visita de estudo numas Jornadas Autárquicas: Açores, Madeira, Canárias, em 1990, que me marcou profundamente a nível da relevância turística e patrimonial que me foi dado apreciar no PARQUE NACIONAL TIMANFAYA – ILHA DE LANZAROTE – CANÁRIAS. E escrevi então: “Toda aquela área imensa, está vedada e a ela só se tem acesso, mediante pagamento de taxa de ingresso e quem se desloca em viatura, só pode sair em locais devidamente controlados pelos vigilantes do Parque, ou então quando querem aceder aos percursos a pé e, ou em alternativa, em pachorrentos camelos, sempre integrados em grupos devidamente enquadrados por vigilantes-guias do quadro de pessoal do próprio Parque.”
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Laje de lava junto ao Caminho do Farol da Manhenha |
E comparava, sublinhando, ser esse um manancial de riqueza cientifica e turística inexplorado e quase ignorado: a nossa paisagem lávica que por aí abunda ao “Deus-dará”, quase até que, diga-se em abono da verdade, a nossa conterrânea e vulcanóloga a Dra. Zilda França, começou a aparecer por cá e a incentivar o estudo desse fenómeno científico, trazendo especialistas de todo o mundo, nas suas já célebres Jornadas Internacionais de Vulcanologia da Ilha do Pico, verdadeiros areópagos científicos de troca de experiências vulcanológicas. Esperamos que desses encontros, além do aprofundamento do estudo deste segmento da nossa natureza ambiental, milenar, – o Pico terá 750 mil anos – se concretize também a sua paixão - a “Casa dos Vulcões”, uma verdadeira Casa de “ciência viva” - no Lagido, em Santa Luzia, obra já assumida pelos três municípios da ilha, como corolário da tenacidade e empenho da Dra. Zilda.
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Morro na Engrade |
Confiamos que as promessas assumidas não serão olvidadas e vaticinamos, porque nada mais apropriado se nos depara, que para celebrar esta classificação da nossa terra no lote das sete maravilhas naturais de Portugal, nessa distinção única como Paisagem Vulcânica da ilha do Pico – seria um excelente corolário de toda a sua acção desenvolvida pela Dra. Zilda, a concretização desse marco científico-turístico na nossa ilha: A Casa dos Vulcões do Pico e dos Açores.
Será que assim vai acontecer? Confiamos que esse momento estará para breve…
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